Perfil no Instagram mostra que a lesão medular pode ser encarada com menos dor e de maneira descontraída

Página conta história de vida de forma humorada do Jornalista Abrahão Ítalo Moraes.

Página conta história de vida de forma humorada do Jornalista Abrahão Ítalo Moraes. Foto: Janaína Oliveira

O jornalista Abrahão Ítalo Moraes Silva, de 33 anos, teve sua vida mudada radicalmente no dia 16 de junho de 2018, após ter a quinta vértebra da coluna cervical lesionada em um acidente de carro. A lesão medular categorizada como incompleta (quando há sensibilidade dos membros), colocou o Ítalo na condição de tetraplégico. Muitos desafios seriam enfrentados desde então, mas a esposa dele, a jornalista Camilla Quesada Tavares, de 29 anos, desanimou com a situação e decidiu compartilhar a história do Ítalo com outras pessoas através do Instagram com o objetivo de levar um pouco mais de informação sobre a lesão medular. Atualmente o perfil registrado no dia 10 de março de 2019, como @e_tetraaa, possui mais de 1.500 seguidores.

Após o acidente, Ítalo passou 40 dias na UTI, sendo 30 dias em coma induzido. O período total de internação foi de três meses e durante este tempo, Camilla encontrou uma maneira descontraída de contar como ele estava: as It News. A ideia consistia em pequenos boletins informativos através do WhatsApp sobre o dia no hospital e o quadro de saúde do Ítalo, de maneira mais informal e – como ela mesma disse – descolada, para seus familiares e amigos próximos.

Com o fim de período de internação, iniciou-se o processo de tratamento intensivo que podem levar à recuperação do jornalista. Ainda não é possível afirmar o quanto ele poderá evoluir e estima-se que o período para que se possa declarar a evolução total do paciente é de dez anos. E o tratamento é caro: remédios de uso contínuo, terapia ocupacional, acupuntura, treinamento físico e muito mais, dependendo do quadro clínico. Foi assim que surgiu a ideia da Vakinha: uma plataforma online de doação de dinheiro. O valor atual arrecadado aproxima-se de R$40 mil , isto é, cerca de à 50% do estimado.

Os motivos para criar uma conta na rede social foram pontuais: levar informação e um pouco mais de esperança para quem passa por situações semelhantes, além de informar os doadores sobre o quadro de saúde do Ítalo. A rede social já mostrou efeitos positivos: muitas pessoas não só conheceram a história do dele, como também compartilharam a sua própria história e torcem pela sua recuperação. “A gente recebe mensagens de pessoas dizendo que estão torcendo por nós, estão rezando pela recuperação dele, e isso é muito bom. Acaba gerando uma rede de apoio”, contou Camilla.

O Ítalo já evoluiu bastante: movimenta os membros superiores, consegue ficar em pé e dar pequenos passos com auxilio de alguém. Atualmente, a rede social é uma peça relevante para o tratamento. Falar sobre tetraplegia mostrando que não é o fim do mundo e com bom humor é uma tarefa bem desenvolvida pela Camilla, sendo a única responsável pela movimentação de publicações na conta. (Veja a entrevista completa aqui)[no-sidebar]




Matéria Especial de Janaína Oliveira e Rafaela Gomes / Imperatriz Notícias

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