Após paralisação das universidades, estudantes pensam em fazer greve

O dia 15 de maio foi marcado com a paralisação das universidades e institutos federais em todo o país. Na UFMA de Imperatriz estudantes já cogitam a possibilidade de greve geral.


Após paralisação das universidades, estudantes pensam em fazer greve. Foto: DANIELA SOUZA

A paralisação dos institutos e universidades federais foi uma advertência ao atual governo quanto aos cortes de “gastos” das instituições públicas anunciada pelo Ministério da Educação. A Reitora da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) anunciou em coletiva de imprensa na última quinta, 16, que os câmpus correm risco de não funcionar próximo semestre.  

Após a paralisação em Imperatriz, que reuniu diversos estudantes das universidades, faculdades e escolas públicas e privadas, além do IFMA, os organizadores do ato público avaliaram ao final que foi positivo e não descartam a possibilidade de haver uma greve geral.  


“Eu avalio como um momento em que os estudantes realmente se unificaram por uma pauta em comum, onde tivemos um grande avanço no movimento estudantil e sobretudo universitário em defesa de uma educação pública e de qualidade”, disse um dos participantes que estava à frente da organização. 

Segundo ele, o ato público pode ocorrer mais uma vez: “Pretendemos sim ir às ruas outras vezes. Provavelmente uma greve estará por vir nessa atual situação de desmonte da educação pública”, informou.  

No último ato, dia 15 de maio, em Imperatriz, estudantes da Universidade Federal do Maranhão (UFMA); Instituto Federal do Maranhão (IFMA); Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL); Centro de Ensino Graça Aranha; Escola Santa Terezinha e Escola Nascimento de Moraes, Faculdade de Imperatriz (Facimp) marcaram presença na tarde no dia da paralisação.   

A programação iniciou ainda pela manhã nas universidades e institutos com o objetivo de apresentar à comunidade os trabalhos desenvolvidos pelos estudantes e prepararam o ato público em forma de passeata pelas principais ruas do centro da cidade.   

Coletiva de imprensa com a reitora da UFMA  

A reitora da UFMA, Nair Portela, revelou que o diálogo com o ministério da Educação para revogar o contingenciamento não teve resultados positivos para instituição. 


“A associação dos reitores já têm tido muitas reuniões com o ministro, mas as discussões não têm avançado. O ministro anterior, que havia prometido ajudar o orçamento da UFMA, foi demitido duas semanas depois. Temos pedido à bancada federal maranhense para apoiar as pautas”. 

Cortes de verbas

Com os cortes de verbas, a universidade ficará sem condições de funcionar, pois o contingenciamento de 30% das verbas destinadas às instituições, corresponde aproximadamente 27 milhões do dinheiro destinado ao custeio e capital da UFMA, que diz respeito à manutenção, obras, aquisição de equipamentos, entre outros. 

Isso significa, segundo ressaltou a reitora durante a coletiva que as despesas referentes à manutenção da Universidade, como o pagamento de contas de energia, água, telefone, vigilância, limpeza, não terão como pagar.

Quanto às despesas de capital, são relativas à aquisição e manutenção de equipamentos, livros e outros materiais, além da realização e continuidade de obras nos campus do continente. O Instituto Federal do Maranhão (IFMA) já anunciou também que se os cortes forem realmente aplicados não terá condições de funcionar próximo semestre. [no-sidebar]




DANIELA SOUZA  / CORREIO MA

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